quinta-feira, 2 de junho de 2011




A vida é poesia e música, caminho,

encontro, planícies, ar.

A existência é poema e barulho,

estrada, distância, labirinto,

gases sufocantes. E a violência feita

contra um ser, qualquer ser,

é feita contra todos e contra o Eterno!

O amor é mesmo semear atos de bondade!

A sabedoria é nunca chamá-las de semente!

E o coração é o universo onde

a vida é privilegiada com Shalom.

Ali não há gritos, mortes, violação somente música,

e serenidade, e lealdade, e afeto, e delicadeza!

Caminhos largos para pessoas, porque, afinal,

um jardim não é sem pessoas.

E não se aborreça se elas criarem

passagens entre flores, de terra

socada apenas, para irem e virem

e estarem, porque essa é a vida

de ser humano: abrir passagens

mas, não destruir o jardim.

Não queira mais que isso! As borboletas

e anjos ficam por conta do Eterno.

Transforme a vida numa casa,

mas não use material descartável.

Ela deve durar e trazer saudades,

e deve deixar lembranças,

lançar raízes profundas e dar frutos.

Abra as janelas em todas

as direções e erga um teto alto,

que acompanhe o telhado,

a fim de ter bastante ar e música

espalhada como unção e bênção humanas.

Na casa, filho, tenha poucas coisas – mais pessoas!

Nenhum negócio e muitos encontros.

Entre coisas, prefira as simples,

rústicas e duradouras. Entre pessoas,

as plenamente humanas.

E, entre elas, as mulheres!

Especialmente as que cheiram Poesia

e possam ser chamadas “Bênção de D’us”,

pois os seus sentidos

são desenvolvidos mais que em pessoas,

o seu cheiro é mais agradável

e quando abrem a boca, levam

Poetas para todos os mundos.

...E não se esqueça do café – ele é vital. Feito,

nunca por empregadas,

em coadores de pano.

E servido, nunca para apressados,

em xícaras pequenas, brancas, de ferro esmaltado.

Tudo deve ser demoradamente

vivido e visto, cheirado,

degustado, escutado, falado e

compreendido nunca amanhã!

Por isso mesmo, a sua casa deve ser

o encontro de pessoas boas, coração

e música, muita música!

E poesia – muita Poesia!



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