quarta-feira, 20 de maio de 2015

Silêncios




















Para que Gritar ?
Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos :
“Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas ?” “Gritamos porque perdemos a calma”, disse um deles.
“Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado ?”, questionou novamente o pensador.
“Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça”, retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar :
“Então não é possível falar-lhe em voz baixa ?”
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
Então ele esclareceu :
“Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido ?”
O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito.
Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.
Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.
Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas ?
Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê ?
Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena.
Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.
E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta.
Seus corações se entendem.
É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.
Por fim, o pensador conclui, dizendo :
“Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta”.
Mahatma Gandhi





















Silêncio!
Você é feito de pensamento, afeto e paixão;
e o que resta é nada além de carne e ossos...
Por que nos falam de templos de oração
e de atos piedosos?
Nós somos o caçador e a caça,
outono e primavera,
noite e dia,
o Visível e o Invisível.
Nós somos o tesouro do espírito.
Nós somos a alma do mundo,
liberta do peso que enverga ao corpo.
Não somos prisioneiros nem do tempo nem do espaço
nem mesmo desta terra em que pisamos.
No amor fomos gerados.
No amor nascemos.
Rumi






































































































































A PARÁBOLA DA PAZ PERFEITA
Era uma vez um rei, e o rei ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar numa pintura a paz perfeita.
Foram muitos os artistas que tentaram. O rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e decidiu que iria escolher entre ambas. A primeira era um lago muito tranquilo. Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam umas plácidas montanhas que o rodeavam.
Sobre elas encontrava-se um céu muito azul com tênues nuvens brancas.
Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a paz perfeita.
A segunda pintura também tinha montanhas.
Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação.
Sobre elas havia um céu tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com faíscas e trovões. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isto se revelava nada pacífico.
Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Neste arbusto encontrava-se um ninho. Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho.
Paz perfeita!
O rei escolheu a segunda e explicou:
“Paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo ou sem dor. Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso, permanecemos calmos no nosso coração”.
Este é o verdadeiro significado da paz.
AD





























































































 Passei horas caminhando, enquanto as folhas mortas desapegavam-se dos galhos e as nuvens passavam ligeiras neste céu não muito nítido de frágil outono aos meus olhos quietos... O sol já muda de ângulo e prepara o seu silêncio para mergulhar inteiro e incandescente na linha inerte, sem fim e acolhedora do horizonte... Os pássaros revoam e retornam aos seus ninhais...Respiro fundo e olho para o alto e agradeço por tudo que vejo, que ouço e sinto, o coração pede um grito, um sentido, um sinal, único e fundo, suave e sonoro como uma canção que se cristaliza dentro no peito...
Bateu saudade do mar,  saudade de andar de mãos dadas, do silenciar alado dos teus olhos,  de ter você na minha vida... e deixar a tristeza perder-se para sempre no vão de qualquer infinito... (Lucas)



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