O SILÊNCIO DAS ASAS...

O SILÊNCIO DAS ASAS...
Este é um canal aberto pelo qual atrevo-me a deixar os sentidos em incubação até que eles transcendam e se transformem numa febre ardente,louca, amável e pensante,para que os olhos trafeguem livres por entre as imagens mudas sobre o grito das palavras soltas. Porém cada fragmento aqui lapidado tem cheiro de terra,jeito de arte, gosto de vida e sabor de pólem. São como as folhas esquecidas que choram no outono,é como um beijo liberto no vazio para que possa ser levado suavemente no assanhar colorido das asas inquietas das borboletas...(lucas)

O Silêncio das Asas

domingo, 28 de agosto de 2011

Ben Harper and The Blind Boys of Alabama





A vida dá portas de saída. Por elas caminhos levam-me
sempre a alguém que não conheço, alguém novo
que quase engasga ao cumprimentar-me.
Alguém que me presenteia com uma
generosa e inesperada mudez.
É sempre bom encontrar-me comigo mesmo,
ainda que eu não tenha nome algum.
É sempre bom conseguir adentrar as portas de saída...


Sobre a estante, meu prato preferido servido no porta-retrato. Pra quê faca e garfo se te como com os olhos?

Não precisa morrer para ver Deus...


Toda mulher que se preza, e não por acaso
tem esse
sexo, conhece, concebe e concede seus poderes.
O da reinvenção é fascinante.
Por isso, quando o sol não vem,
eu faço a minha luz. 




Não me poupe dos teus olhos,
a trilha para minha alma.
Não me poupe da tua boca,
ela me faz sorrir com o corpo todo.
Não me poupe da tua risada,
o tapete vermelho para minha alegria.
Não me poupe do teu corpo,
é onde visto todos os meus poros com liberdade.
Não me poupe dos teus dedos,
eles desvendam meus cantos mais secretos.
Não me poupe do teu sexo,
só assim não tenho medo de morrer porque
renasço no mesmo instante.
Não me poupe do teu sono,
é quando nos protegemos dos
nossos próprios sonhos.
Não me poupe da tua música,
é onde sou verso em poesia.
Não me poupe da tua partida,
na solidão me reconheço.
Não me poupe da tua ausência,
só assim consigo descobrir que cor
tem os olhos da saudade.

Não me poupe da distância, quero me ver capaz
de suportar os dentes afiados da falta,
que mastigam o estômago de quem ama.
Fernand's

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