OS QUARENTA
E DOIS ANOS DO ÁLBUM PEARL DE JANIS JOPLIN
Lançado poucos meses depois de sua morte, Pearl
consolida a força do
mito que Janis Joplin se tornaria
como um dos melhores álbuns de sua carreira.
Janis
Joplin em ensaio para o álbum Pearl, fotografada por Barry Feinstein.
“You
say that It’s over, baby/You say that It’s over now/But still you hang around
me, come on, won’t you mover over” são os versos que abrem Move over, primeira
faixa de um disco que, excepcionalmente, recebe o título que melhor o define:
Pearl, em português, Pérola, apelido da jovem cantora que assina os vocais
deste trabalho, Janis Joplin.
Foi
exatamente no dia 11 de janeiro, de um longínquo ano de 1971, que o álbum
chegava às lojas dos Estados Unidos, embora a sua vocalista não estivesse mais
aqui. Tinha morrido há cerca de quatro meses por uma overdose fatal de heroína,
num quarto de hotel, em Hollywood, ainda durante as gravações de
Pearl, em outubro de 1970, deixando a faixa Buried Alive The Blues (título um
tanto quanto sugestivo à sua morte) inacabada.
A
notícia de seu falecimento chegou com surpresa ao conhecimento dos amigos mais
próximos, que achavam que Janis estivesse longe da heroína. Naquele mesmo ano,
a mesma havia tirado férias no Brasil, como forma de Rehab, já que 1969 fora um
ano tenso, cercado de altos e baixos em sua carreira, o que intensificou sua
dependência em álcool e heroína. No Brasil, Janis curtiu o carnaval carioca
(com direito a top less na praia, expulsão no Hotel Copacabana Palace, o qual
ela havia se hospedado, por nadar nua; cantoria num inferninho carioca e muita
bebedeira) e, logo depois, viajou de moto com o namorado até o norte do país.Naquele
mesmo ano formaria sua terceira e última banda, a Full Tilt Boogie, que,
diferente da The Kozmic Blues Band, formada em 1969, foi o seu melhor conjunto
desde o Big Brother and Holding Company, banda que a introduziu no
estrelato, em 1967, durante sua apresentação no Festival de Monterey Pop. A
última banda, formada em 1970, conseguiu satisfatoriamente preencher a
desarmonia de sua anterior e trouxe uma pegada mais soul e rock and roll, que
deu brilho e total presença na voz de sua líder. O grupo parecia literalmente
feito para Janis; e é claro que a cantora não poderia estar mais feliz do que
nunca por ter encontrado, enfim, a sua batida, ou melhor, banda perfeita.Fora
neste ano que a mesma se apresentara no Festival Express, onde reuniu grandes
estrelas do rock numa excursão a bordo de um trem, passando por algumas cidades
do Canadá como: Montreal, Toronto, Winnipeg e Calgary. Esse festival foi
documentado e, mais tarde, lançado em DVD, trazendo imagens raras e memoráveis
da cantora no palco, em plena forma, e em momentos de descontração com outros
músicos.Quando
o produtor Paul A. Rothchild foi chamado para trabalhar com
Janis Joplin, ele esteve certo quando afirmou que faria o melhor álbum da
carreira da cantora. Pearl foi o primeiro álbum que deu a Janis o primeiro
debut nas paradas americanas, com a faixa Me and Bobby Mcgee, uma deliciosa
canção no melhor estilo country texano, escrito por Kris Kristofferson em
parceria com Fred Foster. E trouxe ainda canções emblemáticas que se tornariam
hino em seu repertório como: Move over, Cry Baby, Get It While You Can e
Mercedes Benz, faixa acapela escrita pela própria que, com o seu humor
sarcástico, pergunta a Deus: “Oh Lord, won’t buy me a Mercedes Benz?” E como
não mencionar a belíssima interpretação da cantora na emocionante faixa A Woman
Left Lonely? um dos pontos máximos do álbum.Quarenta
e dois anos após o lançamento de Pearl, sua qualidade sonora permanece a mesma
e tão solidificada quanto a força do mito que a jovem branca do blues se
tornou. O álbum, sem dúvida nenhuma, é de se fazer chorar, de emoção!
Um grande Abraço!
Lucaॐ
muito lindo mesmo,amo Janis Joplin
ResponderExcluirTambém adoro amiga, vou desencarnar deste plano adorando, pra mim ela é uma diva um ícone sagrado do Blues....Bjs
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