O SILÊNCIO DAS ASAS...

O SILÊNCIO DAS ASAS...
Este é um canal aberto pelo qual atrevo-me a deixar os sentidos em incubação até que eles transcendam e se transformem numa febre ardente,louca, amável e pensante,para que os olhos trafeguem livres por entre as imagens mudas sobre o grito das palavras soltas. Porém cada fragmento aqui lapidado tem cheiro de terra,jeito de arte, gosto de vida e sabor de pólem. São como as folhas esquecidas que choram no outono,é como um beijo liberto no vazio para que possa ser levado suavemente no assanhar colorido das asas inquietas das borboletas...(lucas)

O Silêncio das Asas

terça-feira, 15 de março de 2011

beijo de chuva


Merece uma segunda chance!
Tem coisas Baby,
que não merecem nem a primeira!
Beijo nos olhos,
sal no corpo e
saliva pra adoçar a boca.
Minha solidão tem uma coisa
"chocolate meio amargo", sabe?
Minha solidão é uma Maria Fumaça
velha e triste
perfurando as nuvens do infinito
rumo a estação da PAZ...

Eu te espero
com o cheiro dos teus lábios no rosto
e o gosto dos seus olhos nos meus.
E como se nunca o tivesse encontrado,
eu espero.

Ela beijou a palma da minha mão direita.
Foi a primeira vez que guardei um beijo!

Em algum lugar alguém olha as mesmas estrelas,
fecha os olhos e deseja boa noite ao seu amor distante.
O tempo sempre venta, leva, entrega
e cura.



Quando o corpo perde a leveza
e você sente cada grama de pele,
carne e sentimento,
é hora de respirar fundo e amar,
amar e amar até que
a matéria não faça sentido algum...
Chovia dentro de mim.
E ela dançava feito criança
na chuva minha.


Amar é querer que a alma do outro seja feliz,
não importa como, onde e nem quando...
E assim por adiante...


Essa ansiedade de não ser, para se
contar quem se é.
Essa maldade de não aprender a esperar
para tudo ter.
Essa conexão 24 horas.
Esse monólogo coletivo que aprendemos a
chamar de conversa.
Essa desunião que se agarra.
Essa maldade com a imperfeição.
Esses corpos magros e vendáveis
nessas ruas opulentas.
[tanto lixo entope nossas canaletas e artérias]
Essa ejaculação precoce.
Esses cabelos alisados.
Esses peitos plastificados.
Esse calor.
Esse frio.
Esse tempo que corre antes mesmo
de acontecer.
Esses acontecimentos que se perdem
na falta de tempo.
Essas histórias que se misturam sem começo,
nem meio nem fim.
Essas pessoas em série.
Esses romances abortados.
Essa felicidade de tarjas pretas.
Esse grito abafado.
Essas palavras não construídas.
Essas mãos nunca dadas.
Esse desejo com cobertura extra.
Esse consumo.
Esse lixo.
E tudo o que não se renova.
Essas mensagens para não dizer nada.
Essa manutenção de cordialidades.
Essa engrenagem podre.
Essas coisas.
Essa indiferença.
Essa liquidez que tem transformado
o amor em uma brincadeira
de mau gosto.
Estes amores tão rápidos
Em motéis de quinta-feira sobre o
Gelo dos corpos...
Há esta vontade de estar só
E inventar um Mundo
Sobre o calor terno
Das minhas mãos...
Que esta tarde meiga e nublada
Traga-nosso silêncio das respostas...

Um comentário:

  1. Não sei que tempestades vc tem por dentro... mas é bonito de ver os raios!!!!

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