O SILÊNCIO DAS ASAS...

O SILÊNCIO DAS ASAS...
Este é um canal aberto pelo qual atrevo-me a deixar os sentidos em incubação até que eles transcendam e se transformem numa febre ardente,louca, amável e pensante,para que os olhos trafeguem livres por entre as imagens mudas sobre o grito das palavras soltas. Porém cada fragmento aqui lapidado tem cheiro de terra,jeito de arte, gosto de vida e sabor de pólem. São como as folhas esquecidas que choram no outono,é como um beijo liberto no vazio para que possa ser levado suavemente no assanhar colorido das asas inquietas das borboletas...(lucas)

O Silêncio das Asas

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Ninhais


Tão sublime, tão sutil , complexa e intensa, a natureza
em seu estado mais puro
de graça no anonimado das matas, se reinventa,
se ergue, se protege, se ampara , se multiplica.
E no mais pleno silencio de todas as coisas,
eclode e faz sua obra...(lucas)


Não quero perder as minhas asas, por isso não vou crescer
apenas me desenrolar...(Lia Luft)

Despertamos para a Vida que pulsa, que vibraque vaza,

que canta, a cada minuto e momento!!!... e adormecemos,

às vezes, cobertos por cinzas do cotidiano, que obscurecem

o colorido exuberante e vivaz dos instantes,

quando sorvidos com intensidade, vontade, paixão!...

Talvez, tenhamos que adormecer e despertar,

tantas vezes, durante a trajetória vital, simplesmente para

não esquecer de nossa fragilidade e força, para nos relembrar,

todos os dias e horas, da finitude infinda de tal tessitura:

dos fios que nos bordam, nos envolvem e enlaçam,

das linhas que nos desenham, conduzem, entrelaçam,

da urdidura incessante e mirabolante da história.

Talvez, precisemos despertar, adormecer e sonhar,

para que sejam reinventadas as cores e esperanças, as cintilâncias

que entrevemos nas frestas do cotidiano (aparentemente) banal...

Assim, vamos vislumbrando as fulgurações do afeto,

do amor e da arte, nas aberturas das noites, das manhãs,

dos meses, na travessia dos séculos, no girar do mundo,

dos astros, das constelações... Quem sabe, nos arrisquemos

aos vôos e travessias, e viajemos, à deriva, em alguns momentos

venturosos de luminosidade azul-lilás, entremeados de turquesa,

alizarim, violeta, e respingados de verde ou coral,

em que possamos sentir a alma bailando aos quatro ventos,

na direção deste saber insabido e volátil que nos move, nos instiga,

impulsiona!... Entretanto, para isso precisamos navegar

com vontade e coragem, entre cinzas e cintilâncias, alimentar

as esperanças, exercitar as asas, todas as noites,

todas as horas, todos os dias!!!

(Ana Luisa Kaminski)

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