E
uma flor exala a medo
Seu
perfume como segredo
Na
mais profunda solidão...
No silêncio
eu busco uma palavra qualquer.
É o momento de encontrar uma certa placidez,
que costuma
sair de cena nas horas mais improváveis.
Sigo me desdobrando,
esbaforido
por aí no ramerrame cotidiano,
e demanda certo tempo
até eu
conseguir me recompor de todo.
Isso porque tenho consciência do meu ritmo
parabólico de ser,
que vibra
no cume do vértice antes de perder força ladeira abaixo.
E cada um
sabe como cair no tempo que lhe for
conveniente.
Sei que me
esgueiro entre as minhas aflições, angústias e loucuras,
fruto de
desesperos esparsos e intermitentes, que eu tento comedir.
É que
certas dores ainda me encabulam. Só a luz noturna as
conhece.
Onde meu
mais íntimo eu me enfrenta com seriedade...
Mas este
medo (se é que uma palavra possa
resumir esses muitos estados de espírito)
eu posso
revelar: ele é provocado por um sentimento
novo que vem me visitar sem
sobreaviso
da porta de
casa. Se eu não atendo logo,
talvez esse meu novo sentir
se
desmanche na liquidez das minhas
incertezas.
Por isso, é
mais prudente abrir o portão e deixá-lo entrar.
Só que
antes eu peço a gentileza de me esperar por dez minutos.
É só o
tempo para que eu consiga me desopilar antes de abrir-lhe
as portas
desta alma velha que vos fala.
Ainda
preciso enxugar o riso molhado do meu choro
invisível.
Vontade de
voltar pra casa ás vzs, para o lugar mais
incerto
De todas as
minhas certezas...
Que esta
tarde nos seja LEVE!
Nenhum comentário:
Postar um comentário