Lucas Lima

Dêem-me uma parede branca! Quero reescrever-me desde o início. Quero-me noutra história em que eu invente o princípio, sem deixar nada ao acaso. Quero saber o que faço e para quê. Quero ser dono do tempo, do espaço, desenhar as personagens a cruzar no meu caminho. Quero ser o narrador o dono, rei e senhor de uma vida desenhada a régua e esquadro por e para mim até que meu voo chegue ao fim...
O SILÊNCIO DAS ASAS...

Este é um canal aberto pelo qual atrevo-me a deixar os sentidos em incubação até que eles transcendam e se transformem numa febre ardente,louca, amável e pensante,para que os olhos trafeguem livres por entre as imagens mudas sobre o grito das palavras soltas. Porém cada fragmento aqui lapidado tem cheiro de terra,jeito de arte, gosto de vida e sabor de pólem. São como as folhas esquecidas que choram no outono,é como um beijo liberto no vazio para que possa ser levado suavemente no assanhar colorido das asas inquietas das borboletas...(lucas)
O Silêncio das Asas
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Todo meu pouco também é meu muito.... Lucas
Sou feito dos rascunhos da vida, dos poemas que nunca escrevi, dos verbos conjugados e dos que ainda não foram inventados, sou feito de pretéritos imperfeitos e histórias vivenciadas nos presentes que ganhei merecidamente do meu indicativo, não estou na primeira e nem na segunda pessoa, mas entre elas, sou feito das rochas mais firmes, das raízes mais profundas, das folhas, das sementes , dos ventos, das águas ligeiras e cristalinas, sou feito das fases constantes e inconstantes da Lua, das poeiras cósmicas, dos desenhos das nuvens vagando sem rumo no céu, sou feito do rastro que se apaga das estrelas cadentes, do que se perdeu e se achou perdido no tempo. Sou feito da insistência latente dos ponteiros loucos do relógio. Sou do dia, da hora, do minuto, do segundo exato de mim mesmo...Não sou animal, nem humano... sou um espírito alado que humilde e silencioso, vaga em busca da luz e da suprema evolução ...
Lucas Lima
Lucas Lima
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