O SILÊNCIO DAS ASAS...

O SILÊNCIO DAS ASAS...
Este é um canal aberto pelo qual atrevo-me a deixar os sentidos em incubação até que eles transcendam e se transformem numa febre ardente,louca, amável e pensante,para que os olhos trafeguem livres por entre as imagens mudas sobre o grito das palavras soltas. Porém cada fragmento aqui lapidado tem cheiro de terra,jeito de arte, gosto de vida e sabor de pólem. São como as folhas esquecidas que choram no outono,é como um beijo liberto no vazio para que possa ser levado suavemente no assanhar colorido das asas inquietas das borboletas...(lucas)

O Silêncio das Asas

quinta-feira, 2 de junho de 2011




A vida é poesia e música, caminho,

encontro, planícies, ar.

A existência é poema e barulho,

estrada, distância, labirinto,

gases sufocantes. E a violência feita

contra um ser, qualquer ser,

é feita contra todos e contra o Eterno!

O amor é mesmo semear atos de bondade!

A sabedoria é nunca chamá-las de semente!

E o coração é o universo onde

a vida é privilegiada com Shalom.

Ali não há gritos, mortes, violação somente música,

e serenidade, e lealdade, e afeto, e delicadeza!

Caminhos largos para pessoas, porque, afinal,

um jardim não é sem pessoas.

E não se aborreça se elas criarem

passagens entre flores, de terra

socada apenas, para irem e virem

e estarem, porque essa é a vida

de ser humano: abrir passagens

mas, não destruir o jardim.

Não queira mais que isso! As borboletas

e anjos ficam por conta do Eterno.

Transforme a vida numa casa,

mas não use material descartável.

Ela deve durar e trazer saudades,

e deve deixar lembranças,

lançar raízes profundas e dar frutos.

Abra as janelas em todas

as direções e erga um teto alto,

que acompanhe o telhado,

a fim de ter bastante ar e música

espalhada como unção e bênção humanas.

Na casa, filho, tenha poucas coisas – mais pessoas!

Nenhum negócio e muitos encontros.

Entre coisas, prefira as simples,

rústicas e duradouras. Entre pessoas,

as plenamente humanas.

E, entre elas, as mulheres!

Especialmente as que cheiram Poesia

e possam ser chamadas “Bênção de D’us”,

pois os seus sentidos

são desenvolvidos mais que em pessoas,

o seu cheiro é mais agradável

e quando abrem a boca, levam

Poetas para todos os mundos.

...E não se esqueça do café – ele é vital. Feito,

nunca por empregadas,

em coadores de pano.

E servido, nunca para apressados,

em xícaras pequenas, brancas, de ferro esmaltado.

Tudo deve ser demoradamente

vivido e visto, cheirado,

degustado, escutado, falado e

compreendido nunca amanhã!

Por isso mesmo, a sua casa deve ser

o encontro de pessoas boas, coração

e música, muita música!

E poesia – muita Poesia!



Nenhum comentário:

Postar um comentário