Mulher
Seus Malabarismos Mágicos
Meninas, Mães, Madres,
Marquesas e Ministras.
Madalenas ou Marias.
Marinas ou Madonas.
Elas são Manhãs e Madrugadas.
Mártires e Massacradas.
Mas sempre Maravilhosas,
essas Moças Melindrosas.
Mergulham em Mares e Madrepérolas,
em Margaridas e Miosótis.
E são Marinheiras e Magníficas.
Mimam Mascotes.
Multiplicam Memórias e
Milhares de Momentos.
Marcam suas Mudanças.
Momentâneas ou Milenares,
Mudas ou Murmurantes,
Multicoloridas ou Monocromáticas,
Megalomaníacas ou Modestas,
Musculosas, Maliciosas,
Maquiadoras, Maquinistas,
Manicures, Maiores,
Menores, Madrastas,
Madrinhas, Manhosas,
Maduras, Molecas,
Melodiosas, Modernas, Magrinhas.
São Músicas, Misturas,
Mármore e Minério.
Merecem Mundos e não Migalhas.
Merecem Medalhas.
São Monumentos em Movimento,
esses Milhões de Mulheres Maiúsculas.
O inconsciente é um cachorro louco
"Os homens do teu planeta, disse o principezinho,
cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim
e não encontram o que procuram.
E, no entanto, o que eles buscam
poderia ser achado numa só rosa,
ou num pouquinho d'água...
Mas os olhos são cegos.
É preciso buscar com o coração!
eu sou responsável por ela!
Ela é tão frágil! Tão ingênua!
Tem quatro espinhos de nada
para defendê-la do mundo .
E nenhuma pessoa grande jamais compreenderá
que isso tenha tanta importância.”
Basta olhá-las, aspirar o perfume.
A minha embalsamava o planeta,
mas eu não me contentava com isso.
A tal história das garras, que tanto me agastara,
me devia ter enternecido..."
"Não soube compreender coisa alguma!
Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras.
Ela me perfumava, me iluminava...
Não devia jamais ter fugido.
Devia ter-lhe adivinhado a ternura
sob os seus pobres ardis.
São tão contraditórias as flores!
MAS EU ERA JOVEM DEMAIS PARA SABER AMAR"
É preciso que eu suporte duas ou três larvas
se quiser conhecer as borboletas.
Dizem que são tão belas!
Do contrário, quem virá visitar-me?
[O pequeno príncipe]
O mundo de Deus é grande
e cabe numa mão fechada
O pouco com Deus é muito,
o muito sem Deus é nada...
Um dia perguntaram-me...
O que procuras? - Tudo. respondi
E o que desejas? - Nada. respondi
Viajo sózinho com o meu coração.
Não ando perdido,
como muitos tolos pensam
mas desencontrado neste mundo confuso.
Porém jamais me perco,
pois levo meu rumo
Traçado no profundo das
linhas da minha Mão...(
Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira
era o mesmo que roubar um vento e sair
correndo com ele para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água
O mesmo que criar peixes no bolso.
O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores e até infinitos.
Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito
porque gostava de carregar água na peneira
Com o tempo descobriu que escrever
seria o mesmo que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu que era capaz de ser
noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro
botando ponto final na frase.
Foi capaz de modificar a tarde
botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!
A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os vazios com as suas peraltagens
e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos
[Manoel de Barros]
Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria, isso pra mim é viver..."
[Djavan]
Escutar-se com verdade necessita muita prática!
tragam flores para meus vasos
sanguíneos.
(lucas)
Sou como se soa... Simples como a complexidade,
Calmo como a tempestade, Forte como uma pétala,
Delicado como o aço.
Sou sempre o contrário do que pensam
Por isso o avesso é o que mais me revela...(lucas)
Há de ser cautela com essa
gente que menstrua...
imagine uma cachoeira às avessas,
cada ato que faz, o corpo confessa.
Às vezes parece erva, parece hera,
cuidado com essa gente que gera,
essa gente que se metamorfoseia
metade legível, metade sereia,
barriga cresce explode humanidades...
cuidado com cada letra
que manda para ela, transforma fato
em elemento e tudo refoga, frita...
cuidado moço, por você ter uma
cobra entre as pernas
cai na contradição de ser
displicente diante da própria
serpente ela é cobra de avental,
não despreze a meditação doméstica,
é da poeira do cotidiano
que a mulher extrai filosofia.
[Elisa Lucinda]
"É preciso... ser gente para entender
ResponderExcluiro que o ser humano precisa e
ser humano para agir como um
ser que sabe ser gente."
Sempre muito LINDO, os lugares, que diz o muito que você é...é muito bom poder apreciar o que é belo e que vem da alma.
Você vai estar sempre no meu coração.Sucesso!!
Abraços.
Maria Helena