O SILÊNCIO DAS ASAS...

O SILÊNCIO DAS ASAS...
Este é um canal aberto pelo qual atrevo-me a deixar os sentidos em incubação até que eles transcendam e se transformem numa febre ardente,louca, amável e pensante,para que os olhos trafeguem livres por entre as imagens mudas sobre o grito das palavras soltas. Porém cada fragmento aqui lapidado tem cheiro de terra,jeito de arte, gosto de vida e sabor de pólem. São como as folhas esquecidas que choram no outono,é como um beijo liberto no vazio para que possa ser levado suavemente no assanhar colorido das asas inquietas das borboletas...(lucas)

O Silêncio das Asas

segunda-feira, 14 de junho de 2010



Tomei esta última noite de sono como despertar,
ao ouvir o canto da luz escondido nas lágrimas
pesadas que me contaram conquistas esquecidas da Alma...
lembranças de quando seguia minhas próprias pregações.
Ouvia o coração em era distante. Seus conselhos eram verdade.
Sua história, real. Era, quando em mim,
me bastava até na falta. O pouco era muito.
O suspiro, sorriso. Quando a dúvida apenas instigava o adiante.
O olhar era inocente. Quando de tanto colher, podia doar;
mão e manto tocando a todos. Altura era casa.
Quais belos laços escolhi para tecer pontes e me
prender em meus espelhos outros? Quais contratos assinei vendendo
minha paz em troca de maus entendidos?
Me distrai nos seus nós. Fitei demais as entrelinhas.
Hoje, decreto a busca de mim! Vou-me embora pra mais perto,
pra mais dentro. Cansei do meu personagem de mendigo,
da minha fantasia de pedra. Declamo com urgência versos
esquecidos de solitude. Declaro de volta, meu reinado esquecido!
Assumo toda a responsabilidade de me contar do gosto amargo;
de descansar longe do sol a pino. De mudar as velas.
De remar, ou até abandonar o barco. Inteireza no caminho,
firmeza nas pegadas.
Abandono os papéis por mim escritos e máscaras
por mim aceitas. Desabafo a alma abafada pelas distrações.
Restauro o destemor. E me permitirei mudar porque já mudei...
e ainda vou mudar.


Aquela era uma saudade feita de um punhado de sorrisos viçosos
floridos no jardim da memória. Era pássaro que cantava macio
na árvore mais frondosa da minha gratidão.
Era mar que estendia ondas suaves de ternura
por toda a orla dos meus olhos. Aquela era dessas saudades
que toda vez que dizem acendem um mundaréu de estrelas
no céu do coração. Era uma certeza de que a vida sempre
arruma maneiras para aproximar as almas irmãs,
esses anjos vestidos de gente que tornam mais fácil e
mais feliz a nossa temporada de aulas e recreios nesse mundo.
Do texto "Com fios de amor"

Pinta-me como sou.

Se omitires as cicatrizes e as rugas,

não te pagarei um xelim!

Oliver Cromwell

(em observação a Peter Lely, que pintava seu retrato)




Todos nós temos capacidade de fazer
muito mais do que imaginamos.
A vida me ensinou que com amor os sonhos
saem sempre do terreno do imaginário...


É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso,
conta histórias,me tira do sério,
faz ares de palhaço, pinta segredos, ilumina
o corredor por onde passo todos os dias.
(Caio.F.Abreu)


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